O texto a seguir aborda a política pública de combate à fome no Brasil.
As causas da fome são estruturais e continuarão a produzir exclusão social. Portanto, é necessário promover a articulação das políticas estruturais com as políticas específicas de combate à fome. Logo, um programa de combate à fome no
Brasil, como o Cartão Alimentação, é justificado pelo seguinte conjunto de razões: possibilita a sua massificação rapidamente sem ser inflacionário, pois impacta a pequena produção familiar agropecuária; é um programa típico keynesiano,
tendendo a expandir-se em épocas de recessão e de se contrair nas de crescimento acelerado; é temporário e associado a outros programas, como o bolsa-escola, o seguro desemprego e o bolsa-alimentação; permite a implantação de
sistemas de controle, de modo a exigir sempre uma contrapartida em termos de ocupação e emprego dos beneficiários;
e combina o caráter emergencial de assistência direta às famílias mais pobres com políticas setoriais de reestruturação
econômica, como a reforma agrária, a política agrícola e a geração de mais e melhores empregos.
SILVA, G.; BELIK, W. TAKAGI, M. Os desafios de uma política de segurança alimentar no Brasil. In : CIMADAMORE, A.; DEAN, H.;
SIQUEIRA, J. (Org.). A pobreza do Estado . Buenos Aires: CLACSO, 2006. p.151-152. Adaptado.
O conjunto de razões apresentado justifica especificamente um programa de
✂️ a) transferência de renda em dinheiro ✂️ b) fornecimento de alimentos em espécie ✂️ c) transferência de renda em crédito agrícola ✂️ d) caridade às famílias mais pobres das cidades ✂️ e) transferência de renda vinculada à compra de alimentos