Sempre que, na infância, eu tentava levar as pessoas ao meu
redor a fazer as coisas de outra maneira, a olhar o mundo de outra
forma, usando a teoria como intervenção, como meio de desafiar o
status quo, eu era castigada. Lembro-me de, ainda muito nova,
tentar explicar à Mamãe por que parecia altamente injusto que o
Papai, homem que quase não falava comigo, tivesse o direito de me
disciplinar [...]. A resposta dela foi dizer que eu estava perdendo o
juízo e precisava ser castigada com mais frequência. [...]
A teoria não é intrinsicamente curativa, libertadora e
revolucionária. Só cumpre essa função quando lhe pedimos que o
faça e dirigimos nossa teorização para esse fim.
BELL, Hooks. Ensinando a transgredir : a educação como prática de liberdade. São
Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2017.
Como um(a) professor(a) de História pode utilizar a análise feita
pela autora no processo de ensino-aprendizagem?
✂️ a) Encorajando um pensamento crítico acerca das estruturas sociais, caracterizando as identidades como algo cristalizado. ✂️ b) Favorecendo uma análise plural da história, distinguindo as relações familiares das relações de poder das sociedades. ✂️ c) Viabilizando um aprendizado excessivamente teórico da história, reconhecendo a futilidade da experiência pessoal. ✂️ d) Promovendo uma abordagem crítica da história, identificando a importância da construção de princípios cidadãos. ✂️ e) Utilizando uma didática que atenda diferentes tipos de estudantes, uniformizando as diferentes vivências históricas.