O modelo médico de deficiência é uma abordagem que se concentra nas limitações físicas,
sensoriais ou cognitivas da pessoa com deficiência e as vê como características individuais que
precisam ser corrigidas, tratadas ou curadas. Nesse modelo, a deficiência é considerada uma
condição patológica ou anormalidade que requer intervenção médica para mitigar seus efeitos.
Críticas ao modelo médico de deficiência destacam que ele pode contribuir para a estigmatização, a
exclusão social e a falta de autonomia das pessoas com deficiência, além de ignorar fatores sociais,
culturais e ambientais que influenciam sua experiência de vida. A escola atual tem se baseado no
referido modelo de deficiência quando condiciona o acesso a direitos básicos de educação àapresentação de diagnóstico clínico ou laudo médico, fortalecendo uma visão equivocada de seu
próprio papel na promoção da inclusão e igualdade de oportunidades. Ao adotar essa abordagem, a
escola muitas vezes coloca a responsabilidade pelo acesso à educação inclusiva exclusivamente
sobre o aluno com deficiência, ignorando as barreiras sociais, estruturais e atitudinais que podem
estar presentes no ambiente escolar. Logo: I- Essa prática reforça a ideia de que a deficiência é uma questão individual a ser tratada pelos
profissionais de saúde, em vez de reconhecer a responsabilidade coletiva da sociedade e da própria
instituição educacional em garantir a participação plena e igualitária de todos os alunos.
II- Além disso, ao exigir um diagnóstico clínico como pré-requisito para o acesso a serviços e
recursos educacionais especializados, a escola pode perpetuar estigmas e exclusão,
desconsiderando as necessidades específicas de cada aluno e promovendo a segregação em vez
da inclusão.
✂️ a) O Modelo Médico de deficiência é o modelo correto a ser considerado pelas Unidades Escolares
e tal informação consta nas diretrizes do MEC, pois é somente através de um diagnóstico clínico
elaborado por um neurologista e/ou psiquiatra que se pode comprovar deficiência. ✂️ b) Existem outros modelos de deficiência, como a Deficiência Intelectual ou Transtorno do
Desenvolvimento Intelectual caracterizado por um nível cognitivo baixo, além de dificuldades
significativas na vida diária, como autocuidado, segurança, comunicação e socialização. ✂️ c) O Estatuto da Pessoa com Deficiência rejeita o modelo médico como a única e principal
abordagem, e destaca ainda que “a avaliação da deficiência, quando necessária, será
biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará: I - os
impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; II - os fatores socioambientais, psicológicos e
pessoais; III - a limitação no desempenho de atividades; e IV - a restrição de participação”. ✂️ d) Existem diversas perspectivas em relação ao modelo de deficiência, incluindo o modelo médico,
que adota uma abordagem ampla reconhecendo que a deficiência é influenciada por uma variedade
de fatores para além das limitações físicas, sensoriais ou cognitivas. Esse modelo destaca a
importância de considerar o contexto social, cultural e ambiental na experiência das pessoas com
deficiência.