Wallon explica que, no primeiro estágio da psicogênese, temos uma afetividade impulsiva, emocional, que se nutre pelo olhar, pelo
contato físico e se expressa em gestos, mímica e posturas. A afetividade do personalismo é diferente, pois incorpora os recursos
intelectuais(notadamente a linguagem), desenvolvidos ao longo do estágio sensório-motor e projetivo. É uma afetividade simbólica,
que se exprime por palavras e ideias e que por essa via pode ser nutrida. A troca afetiva, a partir dessa integração pode se dar à
distância, deixa de ser indispensável a presença física das pessoas. Em seguida, integrando os progressos intelectuais realizados no
estágio categorial, a afetividade torna-se cada vez mais racionalizada, os sentimentos são elaborados no plano mental, os jovens
teorizam sobre suas relações afetivas. Esta construção recíproca explica-se pelo princípio do(a):
✂️ a) Determinismo biológico, que propõe que o desenvolvimento humano é predefinido por fatores biológicos inatos, limitando
a capacidade de adaptação e modificação em resposta a estímulos e experiências. ✂️ b) Integração funcional, que é um princípio extraído do processo de maturação do sistema nervoso, no qual as funções são
mais evoluídas, de amadurecimento mais recente, não suprimem as mais arcaicas, mas exercem sobre elas o controle. ✂️ c) Totalidade, que reconhece o indivíduo como um ser integral, unindo aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Essa
totalidade se reflete na interconexão dos diferentes estágios da psicogênese, onde cada um contribui para o desenvolvimento da afetividade como um todo. ✂️ d) Construção social, que reconhece o papel do ambiente social no desenvolvimento individual. Essa construção social se
manifesta na influência das relações interpessoais na formação da afetividade, desde o olhar e o contato físico na infância
até a linguagem e as ideias na adolescência.