A análise das tendências pedagógicas permite compreender os fundamentos ideológicos, epistemológicos e metodológicos que
sustentam diferentes propostas educativas ao longo da história da educação brasileira. Segundo Libâneo (2013), a concepção de
ensino adotada por determinada tendência não apenas define o papel do professor e do aluno, mas também revela os interesses
sociais e políticos que orientam a prática pedagógica. Em contextos de crescente tensionamento entre formação crítica e demandas
técnico-instrumentais, torna-se indispensável ao educador dominar as características que distinguem as tendências progressistas
das conservadoras. Desse modo, podemos considerar que:
✂️ a) as tendências pedagógicas tecnicistas, centradas na teoria da administração científica, compreendem o ensino como um
processo neutro, em que os conteúdos são transmitidos sem intencionalidade ideológica, priorizando a formação moral do
educando. ✂️ b) a pedagogia tradicional, ao focar na exposição verbal e na autoridade do professor, promove uma aprendizagem ativa e
problematizadora voltada para a formação de sujeitos históricos. ✂️ c) as pedagogias críticas e libertadoras, como a pedagogia libertadora e a pedagogia histórico-crítica, compartilham uma base
comum com as pedagogias renovadas por enfatizarem o espontaneísmo e o individualismo. ✂️ d) a pedagogia libertadora, influenciada pela filosofia de Paulo Freire, entende o processo educativo como ato político, no qual a
dialogicidade e a problematização são instrumentos para a tomada de consciência crítica e transformação social. ✂️ e) as tendências progressistas não questionam as estruturas sociais vigentes, pois seu foco reside na melhoria técnica dos
métodos de ensino e na capacitação para o mercado de trabalho.