As rubricas, enquanto instrumentos avaliativos qualitativos,
assumem uma função estruturante no processo de ensinoaprendizagem, especialmente quando articuladas a princípios
formativos e à promoção de autonomia discente. Como destaca
Andrade (2000), “avaliar é, antes de tudo, um ato ético de
compromisso com a aprendizagem do outro”. A complexidade das
rubricas reside, em grande parte, na construção e na explicitação
dos critérios e descritores de desempenho que precisam estar
articulados aos objetivos educacionais e ao perfil do estudante
que se pretende formar. Assinale uma característica fundamental
das rubricas analíticas bem elaboradas, considerando os
princípios de uma avaliação formativa e emancipatória.
✂️ a) Utilizam exclusivamente escalas numéricas para garantir a
objetividade dos resultados, facilitando o ranqueamento dos
estudantes e a padronização do julgamento avaliativo. ✂️ b) São instrumentos eficazes apenas em contextos de
avaliação somativa, uma vez que dependem de notas para
validar os resultados obtidos pelos estudantes. ✂️ c) Fundamentam-se na ideia de que a avaliação deve ser
confidencial e restrita ao professor, evitando que os
estudantes tenham acesso aos critérios específicos de
desempenho. ✂️ d) Explicitam níveis de desempenho com descritores
qualitativos detalhados, promovendo a autoavaliação,
a metacognição e a clareza dos critérios de qualidade
esperados. ✂️ e) Reduzem o tempo de avaliação docente, pois dispensam a
necessidade de reflexão sobre os objetivos de aprendizagem
e sobre a coerência dos critérios utilizados.