Lucas, maior e capaz, residente e domiciliado no Município de
Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, compareceu à sede do
Ministério Público, denunciando o fato de que a municipalidade
teria praticado ato ilegal e lesivo ao seu patrimônio, consistente
na desapropriação do seu imóvel, sem a observância das
formalidades legais.
Com efeito, após a análise detida do caso que lhe foi
apresentado, o Promotor de Justiça concluiu que a
desapropriação do imóvel se materializou após cinco anos de
cobrança do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial
Urbana (IPTU), progressivo no tempo, sem que o proprietário
tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou
utilização do local. Registre-se, por fim, que o Município de
Niterói, antes de implementar a desapropriação, não deu ciência
dos fatos ao Ministério Público, tampouco ao Tribunal de Contas.
Nesse cenário, considerando as disposições expressas da
Lei nº 10.257/2001, assinale a afirmativa correta.
a) Não há qualquer ilegalidade na desapropriação efetivada pelo
Município de Niterói, sendo certo que Lucas será indenizado
por meio de pagamento em títulos da dívida pública,
previamente aprovados pela Assembleia Legislativa, os quais
serão resgatados no prazo de até dez anos, em prestações
anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
indenização e os juros legais de 12% ao ano.
b) Não há qualquer ilegalidade na desapropriação efetivada pelo
Município de Niterói, sendo certo que Lucas será ressarcido
em dinheiro e a indenização deverá considerar o valor da
base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbana (IPTU), descontado o montante
incorporado em função de obras realizadas pelo Poder
Público na área onde o imóvel se localiza, nos últimos 5 anos.
c) Não há qualquer ilegalidade na desapropriação efetivada pelo
Município de Niterói, sendo certo que Lucas será indenizado
por meio de pagamento em títulos da dívida pública,
previamente aprovados pelo Senado Federal, os quais serão
resgatados no prazo de até dez anos, em prestações anuais,
iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e
os juros legais de 6% ao ano.
d) A desapropriação implementada pelo Município de Niterói é
ilegal, já que, antes de efetivada a expropriação, o Poder
Público deveria ter dado ciência dos fatos ao Ministério
Público e ao Tribunal de Contas.
e) A desapropriação efetivada pelo Município de Niterói é ilegal,
por usurpar a competência do Estado do Rio de Janeiro para
proceder à desapropriação decorrente da inobservância da
função social da propriedade.