Pode parecer contraintuitivo, mas, naquele tempo, dependendo do lugar que uma mulher ocupava na hierarquia social, ficar viúva não era seu fim [...]. No imaginário da região, essas mulheres eram conhecidas como as matriarcas do sertão. E é com esse epíteto que, uma vez viúva, a partir de 1809, Bárbara passa a atuar e ser reconhecida. [...] Quando, em 6 de março de 1817, estoura a Revolução em Recife, não à toa, no mês seguinte, em abril de 1817, o rastilho de pólvora é levado até o Ceará pelo filho caçula de Bárbara [...]. A influência da mãe na região seria fundamental para irradiar a revolução. Pela primeira vez, um movimento anticolonial ultrapassava a fase conspiratória e chegava ao poder. Os revolucionários haviam proclamado a República. PELLEGRINO, Antonia. Bárbara de Alencar e as raízes brasileiras da violência política de gênero . Sesc São Paulo: Revista do Centro de Pesquisa e Formação, nº 15, 2022. Disponível em: https://www.sescsp.org.br/barbara-de-alencar-e-as-raizesbrasileiras-da-violencia-politica-de-genero/. Acesso em: 17 jul. 2024. No Ensino de História, abordar a temática descrita pelo texto, a partir da análise feita pela autora, se justifica pela necessidade de
a) promover a abordagem diversificada do passado através do uso de diferentes narrativas.
b) identificar os heróis e heroínas regionais no intuito de promover categoriais sociais locais.
c) analisar a atuação das mulheres das camadas populares na esfera política pernambucana.
d) fomentar o conhecimento sobre as relações de gênero associadas ao período republicano.
e) considerar a relevância dos eventos regionais em detrimento das circunstâncias nacionais.