Carlos firmou um contrato de locação residencial com prazo
determinado de 30 meses, sendo o único locatário formal do
contrato.
Passados 12 meses do início da locação, Carlos faleceu
subitamente. Ele residia no imóvel locado com sua esposa, Ana,
com quem era casado sob o regime da comunhão parcial de bens,
e com seus dois filhos menores de idade.
Ao tomar ciência do falecimento, o locador notificou Ana
comunicando que, diante da morte do locatário, considerava
extinto o contrato de locação e solicitava a desocupação do imóvel
no prazo de 30 dias. Ana respondeu extrajudicialmente,
informando sua intenção de permanecer no imóvel até o término
do contrato, junto com os filhos.
Sobre o fato narrado, com base na Lei nº 8.245/1991, assinale a
afirmativa correta.
a) Com a morte do locatário, o contrato de locação residencial
por prazo determinado se extingue automaticamente,
independentemente da vontade dos sucessores ou do locador.
A exigência de desocupação feita pelo locador é válida.
b) A morte do locatário autoriza o locador a denunciar o contrato
de locação residencial antes do prazo ajustado, ainda que haja
familiares residindo no imóvel, pois a obrigação contratual era
personalíssima.
c) A morte do locatário não extingue o contrato de locação
residencial, sendo assegurado o direito de permanência no
imóvel à esposa e aos filhos que com ele residiam, como
sucessores no contrato, até o final do prazo contratual.
d) A viúva pode permanecer no imóvel apenas se houver cláusula
expressa no contrato de locação autorizando a sucessão
contratual por morte do locatário; do contrário, o locador
pode retomar o imóvel.
e) Em caso de morte do locatário, o contrato de locação é
automaticamente prorrogado por prazo indeterminado, mas o
locador tem o direito de exigir a desocupação do imóvel a
qualquer tempo, com aviso prévio de 30 dias.