Uma rede privada de hospitais firmou contrato com uma
sociedade empresária para implementar um sistema de
inteligência artificial destinado a analisar exames laboratoriais de
pacientes. A empresa de tecnologia, com sede no Brasil e
controlada por um grupo estrangeiro, passou a receber dados dos
pacientes, inclusive dados sensíveis de saúde, para treinar o
algoritmo, armazenando-os em servidores situados na Europa.
O hospital não se comunicou previamente com os titulares dos
dados sobre essa nova finalidade, tampouco obteve
consentimento específico. Depois da investigação instaurada pela
Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), apurou-se que
os dados estavam sendo usados sem anonimização adequada e
sem a adoção de medidas de segurança compatíveis com seu grau
de sensibilidade.
Com base na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD),
assinale a afirmativa correta.
✂️ a) Como a empresa de tecnologia atua apenas como operadora
de dados, e os dados não foram compartilhados com terceiros
não autorizados, não há a violação à LGPD. ✂️ b) O tratamento de dados sensíveis exige consentimento
expresso e específico do titular, e sua ausência, aliada à falta
de medidas de segurança e anonimização, caracteriza infração
grave à LGPD. ✂️ c) A transferência internacional de dados sensíveis para
servidores na Europa é lícita, desde que o país de destino
possua legislação semelhante à brasileira,
independentemente de consentimento do titular. ✂️ d) A LGPD não se aplica ao tratamento de dados realizados com
fins de desenvolvimento tecnológico e pesquisa científica,
desde que os dados sejam pseudonimizados. ✂️ e) A responsabilidade pela infração recai exclusivamente sobre o
hospital, enquanto controlador, sendo o operador isento de
responsabilização por atos realizados no exercício da atividade
delegada.