Após verificar que a Lei nº 5.806/2014 do Município de Cuiabá
estabelece que o direito da Administração de invalidar os atos
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
destinatários decai em dez anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé, Cristina decidiu estudar o
tema à luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
Em razão disso, ela verificou que o Pretório Excelso, ao examinar a
constitucionalidade de dispositivo semelhante constante de lei de
certo estado da federação, consolidou determinada orientação.
Assinale a opção que indica corretamente o aludido entendimento
do Supremo Tribunal Federal.
✂️ a) Os entes federativos têm competência legislativa para fixar os
prazos de prescrição e decadência em âmbito local, ainda que
o prazo decadencial seja distinto dos outros entes federativos. ✂️ b) O prazo estabelecido na aludida norma é inconstitucional, na
medida em que o poder-dever de invalidar atos
administrativos é imprescritível, considerando que dos atos
nulos não se originam direitos. ✂️ c) Ainda que os entes federativos tenham competência para
legislar sobre a matéria em análise, a norma não poderia
dispor sobre tal prazo decadencial de forma diversa dos
demais entes federativos, diante do princípio da isonomia. ✂️ d) A norma em questão não poderia tratar de prazo decadencial
de maneira distinta das normas constantes do Código Civil,
sendo certo que tal matéria é de competência legislativa
privativa da União. ✂️ e) No regular exercício de sua competência legislativa, o ente
federativo em questão estabeleceu o mesmo prazo
consagrado na Lei Federal em relação à decadência para a
invalidação dos atos administrativos.