Questões Direito Processual Penal Da Competência

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Q370905 | Direito Processual Penal, Da Competência, FGV, 2019

Carlos, advogado, em conversa com seus amigos, na cidade de Campinas, afirmou, categoricamente, que o desembargador Tício exigiu R$ 50.000,00 para proferir voto favorável para determinada parte em processo criminal de grande repercussão, na Comarca em que atuava.

Ao tomar conhecimento dos fatos, já que uma das pessoas que participavam da conversa era amiga do filho de Tício, o desembargador apresentou queixa-crime, imputando a Carlos o crime de calúnia majorada (Art. 138 c/c. o Art. 141, inciso II, ambos do CP. Pena: 06 meses a 2 anos e multa, aumentada de 1/3). Convicto de que sua afirmativa seria verdadeira, Carlos pretende apresentar exceção da verdade, com a intenção de demonstrar que Tício realmente havia realizado a conduta por ele mencionada. Procura, então, seu advogado, para adoção das medidas cabíveis.


Com base apenas nas informações narradas, o advogado de Carlos deverá esclarecer que, para julgamento da exceção da verdade, será competente

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Ingrid Nunes
Por Ingrid Nunes em 31/12/1969 21:00:00
Gabarito: d)

Carlos é acusado de calúnia contra um desembargador, o que configura um crime contra a honra de funcionário público em razão de suas funções. De acordo com o Código Penal Brasileiro, no Art. 138, a calúnia ocorre quando alguém imputa falsamente a outra pessoa a prática de um crime. A majoração da pena, conforme o Art. 141, inciso II, se dá pelo fato de a vítima ser um funcionário público em razão de suas funções.

A exceção da verdade, que é a possibilidade de o acusado provar a veracidade da afirmação para excluir o crime de calúnia, tem um tratamento especial quando a vítima é um funcionário público. Neste caso, a competência para julgar a exceção da verdade é do tribunal responsável por julgar o funcionário público em questão, que, para um desembargador, é o Superior Tribunal de Justiça (STJ), conforme previsto na Constituição Federal e na legislação sobre competências.

Portanto, mesmo que a queixa-crime seja processada em instância inferior, a exceção da verdade, especificamente, deve ser julgada pelo STJ, que é o tribunal competente para processar e julgar desembargadores em primeira instância para crimes comuns.
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