Irresignado com o teor de provimento cautelar proferido pelo
relator no âmbito do Tribunal de Contas do Estado Alfa (TCEA),
João, ordenador de despesas no âmbito de uma autarquia
estadual, decidiu impetrar mandado de segurança perante o pleno
do Tribunal de Justiça desse ente federativo (TJEA), órgão
competente para processar e julgar o feito originariamente, em
razão de previsão expressa da Constituição Estadual. Para surpresa
de João, a ordem foi denegada, em acórdão que, ao seu ver, era
manifestamente contrário à Constituição da República.
Na situação descrita, é correto afirmar que:
✂️ a) é cabível o ajuizamento de reclamação, considerando a
usurpação, pelo TJEA, de competência própria do Superior
Tribunal de Justiça. ✂️ b) a competência do TJEA está em harmonia com a Constituição
da República e é cabível a interposição de recurso ordinário,
observados os demais requisitos exigidos. ✂️ c) a competência do TJEA está em harmonia com a Constituição
da República e é cabível a interposição de recurso
extraordinário, observados os demais requisitos exigidos. ✂️ d) o comando da Constituição Estadual, que reconhece a
competência originária do TJEA, é inconstitucional, pois a
matéria deveria ser tratada na lei de organização e divisão
judiciária, de iniciativa privativa do Tribunal. ✂️ e) o comando da Constituição Estadual, que reconhece a
competência originária do TJEA, é inconstitucional, por criar
hipótese de foro por prerrogativa de função sem
correspondência na Constituição da República.