Em janeiro de 2025, Marina adquiriu de Bruno uma escultura de
mármore antiga para decoração de seu escritório, pelo valor de
R$ 80.000,00. O contrato previa cláusula de garantia pelo prazo de
6 meses. Dois meses após a entrega, Marina percebeu fissuras
internas na peça, não aparentes no momento da compra, que
comprometiam a integridade da escultura.
Bruno, comunicado do fato, alegou que desconhecia o defeito e
que, por isso, não deveria arcar com qualquer indenização além da
devolução do preço pago. Marina, no entanto, decidiu ajuizar ação
para obter não apenas a restituição do preço, mas também
indenização por danos materiais, considerando os gastos com
transporte, instalação e desmontagem da peça, além de danos
morais por frustração de expectativa.
À luz do Código Civil, assinale a afirmativa correta.
✂️ a) Marina tem direito à devolução do preço e ao ressarcimento
de despesas do contrato, independentemente de Bruno ter ou
não conhecimento do defeito, mas não tem direito a perdas e
danos. ✂️ b) Marina pode exigir devolução do preço e indenização por
perdas e danos apenas se provar que Bruno conhecia o vício
oculto no momento da venda. ✂️ c) Marina não tem direito à devolução do preço, pois o vício não
era aparente e não houve má-fé de Bruno, sendo caso típico
de fortuito. ✂️ d) Marina tem direito automático a redibir o contrato e pleitear
indenização por danos materiais e morais,
independentemente de culpa de Bruno, bastando a existência
do vício oculto. ✂️ e) Bruno não responde pelo vício oculto, pois havia cláusula de
garantia, afastando a aplicação das regras do Código Civil.