Maria voluntariamente se filiou à Associação de Artesãos XX, do
Município Beta, presidida por João, que recebera cessão do espaço
público destinado à exposição do artesanato local. Em dado
momento, Maria, segundo uma narrativa divulgada por diversos
munícipes, teria feito críticas à qualidade do artesanato local, que
seria inferior àquele produzido no Município Alfa .
Ao tomar conhecimento da narrativa, João decidiu
monocraticamente, conforme lhe autorizava o estatuto, pela
imediata e inexorável exclusão de Maria da Associação de Artesãos
XX . Ao ser cientificada do teor da decisão, Maria decidiu ingressar
com ação judicial com o objetivo de anulá-la, sob o argumento de
que os seus direitos fundamentais teriam sido violados.
Considerando os balizamentos oferecidos pela narrativa, assinale
a afirmativa correta.
✂️ a) Apesar de João ter competência estatutária para a prolação da
decisão, o procedimento adotado efetivamente afrontou os
direitos fundamentais de Maria. ✂️ b) Os órgãos jurisdicionais, por imperativo constitucional,
somente devem intervir nas associações quando se discute a
possibilidade de serem dissolvidas, não para resolver disputas
internas. ✂️ c) As divergências interna corporis , a serem resolvidas consoante
a disciplina estatutária, não atraem a incidência dos direitos
fundamentais em prol de associados, já que as pessoas
jurídicas também os possuem. ✂️ d) O direito de associação permite que XX, que ocupa uma
posição de equidistância em relação a Maria, defina, de acordo
com o seu estatuto, quem pode permanecer associado; logo,
não ocorreu afronta aos direitos fundamentais da associada. ✂️ e) O direito de associação tem estatura constitucional; logo, a
exclusão de Maria afronta direito fundamental, o que decorre
da constatação de que a exclusão, para o associado, é o símile
da dissolução para a associação, exigindo decisão judicial.