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João, ciente de que seu vizinho Luciano estava realizando uma longa viagem, invadiu ...

Responda: João, ciente de que seu vizinho Luciano estava realizando uma longa viagem, invadiu a casa que era de propriedade de Luciano e passou a residir no imóvel com seus familiares, sem o consentimento...


1Q418187 | Direito Civil, Posse, Defensor Público de 1a Classe, Defensoria Pública do Estado de Alagoas AL, CESPE CEBRASPE, 2017

João, ciente de que seu vizinho Luciano estava realizando uma longa viagem, invadiu a casa que era de propriedade de Luciano e passou a residir no imóvel com seus familiares, sem o consentimento do proprietário. Luciano cultivava em seu terreno inúmeras hortaliças, as quais João passou a comercializar. Com o lucro auferido em razão da venda das hortaliças, João instalou uma piscina no quintal de Luciano e uma rampa para cadeirantes próxima à porta de entrada da residência, já que ele sabia que Luciano tinha uma filha usuária de cadeira de rodas. Ainda durante o período em que João residiu na casa, houve uma tempestade que danificou o telhado da casa de Luciano. Luciano retornou ao imóvel e retomou sua posse por ação judicial.

Considerando-se essa situação hipotética, é correto afirmar que João

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💬 Comentários

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Marcos de Castro
Por Marcos de Castro em 31/12/1969 21:00:00
Gabarito: e)

A questão trata da posse de João sobre o imóvel de Luciano, que é proprietário, mas estava ausente. João invadiu o imóvel e passou a residir nele, comercializando as hortaliças cultivadas por Luciano.

Primeiramente, João não tem posse legítima, pois invadiu o imóvel, configurando posse injusta. Portanto, ele não pode se apropriar dos frutos da terra para seu benefício sem autorização. Contudo, o Código Civil, em seu artigo 1.210, prevê que o possuidor tem direito aos frutos colhidos, mas no caso de invasão, a situação é diferente.

Sobre a piscina, a construção de benfeitorias úteis ou voluptuárias por quem não tem autorização do proprietário não gera direito de retenção, salvo se autorizadas. Assim, João não pode retirar a piscina sem reparar eventuais danos, mas isso não é o principal direito dele.

Quanto ao telhado danificado pela tempestade, João não responde, pois o dano foi causado por força maior, não por sua ação.

A rampa para cadeirantes é uma benfeitoria útil, mas João não tem direito a retenção, pois não tem posse legítima.

Por fim, o gabarito correto é a alternativa e), pois João terá direito às despesas necessárias para a manutenção do cultivo das hortaliças, conforme o artigo 1.219 do Código Civil, que assegura ao possuidor o direito de ser ressarcido pelas despesas necessárias feitas no imóvel, mesmo que injusto possuidor.

Portanto, a resposta e) está correta, pois João poderá ser ressarcido pelas despesas de manutenção do cultivo das hortaliças, mesmo sem autorização do proprietário.
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