Questões Direito Penal Concurso de Pessoas

Em regra, consideram-se autores de um delito aqueles que praticam diretamente os atos d...

Responda: Em regra, consideram-se autores de um delito aqueles que praticam diretamente os atos de execução, e partícipes aqueles que atuam induzindo, instigando ou auxiliando a ação dos autores principais. ...


1Q462644 | Direito Penal, Concurso de Pessoas, Auxiliar Judiciário, TJ PA, CESPE CEBRASPE, 2020

Em regra, consideram-se autores de um delito aqueles que praticam diretamente os atos de execução, e partícipes aqueles que atuam induzindo, instigando ou auxiliando a ação dos autores principais. No entanto, é possível que um agente, ainda que não participe diretamente da execução da ação criminosa, possa ter o controle de toda a situação, determinando a conduta de seus subordinados. Nessa hipótese, ainda que não seja executor do crime, o agente mandante poderá ser responsabilizado criminalmente. Essa possibilidade de responsabilizar o mandante pelo crime decorre da teoria
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💬 Comentários

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Camila Duarte
Por Camila Duarte em 31/12/1969 21:00:00
Gabarito: c) A questão trata da possibilidade de responsabilização criminal do agente que, mesmo não executando diretamente o crime, exerce controle sobre a situação e determina a conduta dos subordinados. Essa situação é explicada pela teoria do domínio do fato.

A teoria do domínio do fato foi desenvolvida para responsabilizar quem tem o controle da situação, ou seja, quem detém o comando e a direção dos atos criminosos, mesmo que não participe diretamente da execução material do delito. Assim, o mandante, que ordena ou dirige a ação criminosa, pode ser responsabilizado como autor, pois exerce o domínio sobre o fato.

Essa teoria é importante para evitar que pessoas que se beneficiam ou comandam crimes fiquem impunes apenas por não terem participado fisicamente da execução. Ela amplia a noção de autoria para além da execução direta, considerando o controle e a determinação da conduta criminosa.

As outras alternativas não se aplicam ao caso: a teoria da acessoriedade limitada trata da participação, mas não do controle total; o favorecimento é um crime distinto; a teoria pluralística da ação não é reconhecida no direito penal brasileiro; e a teoria da causação refere-se à relação de causa e efeito, não ao controle da ação criminosa.
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