Questões Direito Penal

João sofreu calúnia, mas veio a falecer dentro do prazo decadencial de seis meses, ante...

Responda: João sofreu calúnia, mas veio a falecer dentro do prazo decadencial de seis meses, antes de ajuizar ação contra o ofensor. Ele não tinha filhos e mantinha um relacionamento homoafetivo com Márcio, ...


1Q668948 | Direito Penal, Promotor de Justiça de Entrância Inicial, MPE CE, CESPE CEBRASPE, 2020

João sofreu calúnia, mas veio a falecer dentro do prazo decadencial de seis meses, antes de ajuizar ação contra o ofensor. Ele não tinha filhos e mantinha um relacionamento homoafetivo com Márcio, em união estável reconhecida. João era filho único e tinha como parente próximo sua mãe. Nessa situação hipotética, o ajuizamento de ação pelo crime de calúnia
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

💬 Comentários

Confira os comentários sobre esta questão.
Ingrid Nunes
Por Ingrid Nunes em 31/12/1969 21:00:00
Gabarito: d) A questão trata do direito de ação em caso de crime contra a honra, especificamente calúnia, quando a vítima falece antes de ajuizar a ação dentro do prazo decadencial de seis meses previsto no artigo 145 do Código Penal.

O prazo decadencial para a ação penal privada é de seis meses, contado do dia em que o ofendido teve conhecimento da autoria do crime. Se a vítima falece antes de exercer esse direito, a ação pode ser proposta por seus sucessores legais, conforme entendimento jurisprudencial e doutrinário.

No caso, João mantinha uma união estável homoafetiva com Márcio, reconhecida, o que lhe confere direitos sucessórios equiparados aos do cônjuge, conforme o artigo 1.790-B do Código Civil. Portanto, Márcio é sucessor necessário e tem legitimidade para propor a ação penal privada em nome de João.

A mãe de João, embora parente próximo, não tem prioridade sobre o companheiro na sucessão para fins de ajuizamento da ação penal privada, pois o companheiro em união estável tem direitos sucessórios reconhecidos.

O Ministério Público não atua em ações penais privadas, salvo nos casos de ação penal pública condicionada à representação, o que não é o caso da calúnia, que é ação penal privada pura.

Por fim, não se nomeia curador especial para propor ação penal privada em nome da vítima falecida, pois a legitimidade passa aos sucessores legais.

Assim, a alternativa correta é a letra d).
⚠️ Clique para ver os comentários

Visualize os comentários desta questão clicando no botão abaixo

Ver comentários
Utilizamos cookies e tecnologias semelhantes para aprimorar sua experiência de navegação. Política de Privacidade.