Adão Sete, idoso de 82 anos e em situação de vulnerabilidade
econômica, procura a Defensoria Pública do Estado de
Pernambuco.
Relata que tem sob sua guarda e tutela a neta Eva, de 16 anos e
seis dias de idade, atualmente contratada como jovem aprendiz
por uma grande empresa pernambucana. Afirma ainda que seus
três filhos enfrentam graves problemas: Abel, de 47 anos, é ébrio
habitual; Moisés, de 53 anos, encontra-se internado em hospital,
em coma induzido; e Maria, de 55 anos, vem, em razão de
transtornos psicológicos, dissipando progressivamente seu
próprio patrimônio e comprometendo o sustento de todos os
membros da família. Diante desse cenário, Adão deseja saber se é juridicamente
possível requerer a interdição dos filhos e a emancipação da neta.
Sobre o questionamento feito por Adão, com base nas disposições
do Código Civil, assinale a afirmativa correta.
✂️ a) Eva, por ser menor de 18 anos, somente poderá ser
emancipada por sentença judicial, sendo vedada a
emancipação por outro meio, mesmo que seja
economicamente ativa e esteja sob guarda de ascendente. ✂️ b) A interdição de Abel é juridicamente inviável, pois a ebriedade
habitual não é causa de incapacidade prevista em lei, salvo se
associada à dependência química diagnosticada judicialmente. ✂️ c) Moisés, por estar em coma induzido, é considerado
absolutamente incapaz de fato, o que dispensa a necessidade
de interdição judicial para representação nos atos da vida civil. ✂️ d) Maria, em razão dos transtornos psicológicos que a levam à
dissipação recorrente de seu patrimônio, poderá ser
interditada por decisão judicial como relativamente incapaz
em virtude da prodigalidade. ✂️ e) A interdição de todos os filhos de Adão poderá ser requerida
cumulativamente em um único processo judicial, desde que
comprovadas suas condições clínicas por perícia médica e
demonstrado o prejuízo à gestão dos próprios atos da vida
civil.