XX, renomado escritor, decidiu elaborar uma ampla pesquisa a
respeito da vida pessoal e profissional de conhecido político, o
qual, além de estar vivo, concluíra há pouco o seu último
mandato eletivo e resolvera se retirar da vida pública.
Preocupado com as repercussões do livro que pretendia escrever,
solicitou orientação de um advogado a respeito da necessidade,
ou não, de obter a autorização do político ou, eventualmente, de
seus familiares, caso ele viesse a falecer durante a elaboração da
obra.
O advogado respondeu, corretamente, à luz da sistemática
constitucional, que:
✂️ a) a autorização não é exigível, caso a publicação venha a ter
caráter exclusivamente imparcial, sem críticas à pessoa e à
obra do político; ✂️ b) não dependerá de autorização do político ou mesmo de seus
familiares, já que a liberdade de informação deve
preponderar; ✂️ c) somente dependerá de autorização caso o político esteja vivo
quando da publicação, já que a intimidade é um direito
personalíssimo; ✂️ d) sempre dependerá de autorização, pois, como o político
retirou-se da vida pública, a sua intimidade prepondera sobre
o direito à informação; ✂️ e) a autorização será exigida, ou não, conforme as
características da obra, devendo ser sopesados os direitos à
informação e à honra, observados os circunstancialismos do
caso concreto.