Uma agência reguladora estadual adotou, como diretriz
permanente de fiscalização, a aplicação imediata e padronizada
de sanções severas a qualquer descumprimento contratual pelas
concessionárias de transporte coletivo, independentemente da
gravidade da infração, do histórico da empresa ou da existência
de justificativas operacionais. A estratégia foi justificada pela
agência como necessária para garantir o cumprimento rigoroso
das obrigações assumidas.
Considerando as boas práticas, é correto afirmar que a
abordagem da agência em questão foi:
✂️ a) correta, pois a regulação responsiva recomenda que multas
severas sejam aplicadas de imediato e de forma padronizada,
garantindo efeito dissuasório rápido; ✂️ b) incorreta, pois a adoção de sanções automáticas e graves,
sem avaliação do contexto ou do histórico da concessionária,
contraria os princípios da regulação responsiva, que
recomenda respostas proporcionais, graduais e orientadas ao
diálogo inicial; ✂️ c) incorreta, pois a regulação responsiva exige que orientações
educativas e preventivas sejam aplicadas indefinidamente,
ainda que as empresas persistam em descumprir obrigações,
devendo a agência evitar medidas punitivas para não
prejudicar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos; ✂️ d) correta, porque o rigor punitivo sistemático demonstra
comprometimento da agência com o interesse público e com
a integridade contratual, sendo preferível a abordagens
excessivamente tolerantes ou interpretativas; ✂️ e) incorreta, já que a regulação responsiva proíbe a adesão
voluntária dos agentes regulados, de modo a preservar o
ambiente cooperativo entre regulador e regulado.